O Papa Francisco recebeu na manhã desta quarta-feira na antessala da Sala Paulo VI, no Vaticano, antes da Audiência Geral os participantes do anual Encontro Internacional para Legisladores Católicos. Na sua saudação aos presentes o Papa citou o tema da liberdade religiosa e de consciência que esteve ao centro da reflexão deste ano.
Francisco depois recordou a Declaração “Dignitatis humanae” de dezembro de 1965 e o momento histórico, no qual os Padres conciliares estavam preocupados sobretudo com aqueles regimes que, mesmo reconhecendo nas suas Constituições a liberdade de culto religioso, tentavam desviar os cidadãos da profissão da religião e tornar a vida nas comunidades religiosas muito difícil e perigosa.
Situação dos cristãos piorou
Hoje, para além desta situação que infelizmente persiste em alguns países, a situação dos cristãos e de outras minorias religiosas em regiões atravessadas pelo fundamentalismo piorou tragicamente, disse o Papa. A extensão e a intensificação de posições intolerantes, agressivas e violentas provocaram e ainda provocam discriminações e verdadeiras perseguições que nem sempre são adequadamente contrastadas pelas autoridades competentes.
Hoje a liberdade religiosa e de consciência deve enfrentar duas ideologias opostas, mas igualmente ameaçadoras disse Francisco: o relativismo secularista e radicalismo religioso – na realidade, pseudo-religioso. A este respeito o Papa chamou a atenção para o perigo real de combater o extremismo e a intolerância com tanto de extremismo e intolerância, também nas atitudes e palavras.
Ser sal, luz e fermento
Como cristãos, sabemos que nossa vocação e missão é ser sal, luz e fermento na condição histórica específica em que nos encontramos.
O Papa recordou por fim que o político cristão é chamado antes de tudo, como todo batizado, a buscar com humildade e coragem ser testemunha, e também propor com competência projetos de lei coerentes com a visão cristã do homem e da sociedade, buscando sempre a colaboração com todos aqueles que compartilham os mesmos ideais.
Fonte: Vatican News.