O Arcebispo de Palmas, no Tocantins, Dom Pedro Brito Guimarães, destacou em um de seus recentes artigos a Eucaristia, que significa a presença de Jesus Cristo. Neste contexto, o prelado narra o encontro que teve com uma criança, que viera pergunta-lo sobre esta celebração que representa a Sagrada Comunhão, a Ceia do Senhor.
“Um dia desse, num encontro com catequizandos, uma criança me parou e me perguntou: ‘por que a Eucaristia é tão importante?’. ‘Importante’ talvez não seja a palavra mais adequada para definir a Eucaristia. Mas pergunta de criança precisa sempre ser considerada, afinal, ‘o perfeito louvor é dado pelos lábios dos pequeninos’ (Sl 8,3)”. Em sua resposta ao pequeno, Dom Pedro Brito disse que “a Eucaristia é Jesus” e é importante “porque Jesus é importante”.
“A Eucaristia nasce de uma pessoa: Jesus; nasce de um corpo doado e de um sangue derramado: o corpo e o sangue de Jesus; nasce de um apostolado e de uma missão: o apostolado e a missão de Jesus. Por isto, para entender a Eucaristia, é preciso entender quem é Jesus Cristo. A Eucaristia é Jesus, sua pessoa, sua vida, sua missão, seu corpo e seu sangue, doado e derramado por nós”, afirma.
Conforme o prelado, a Eucaristia é “cristofania”, pois “é e fala de Cristo”. “O lugar, portanto, da Eucaristia é na cristologia. Na sacramentária, a Eucaristia é o único sacramento que teologicamente pode ser definido assim. De fato, foi Jesus mesmo que assim se autodefiniu: ‘Eu sou o pão da vida’ (Jo 6,51). ‘Isto é meu corpo; isto é meu sangue’ (Mc 14,22-23). E para concretizar ainda mais o realismo desta sua autodefinição, Paulo pergunta: ‘o cálice da bênção, que bebemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é a comunhão do Corpo de Cristo?'”.
A Eucaristia, continua, é “o mistério da fé”, “o tão sublime sacramento”, além do “sacramento de piedade, sinal de unidade e vínculo de caridade”, conforme dizia Santo Agostinho.
“Por isto, não se deve dizer, como comumente se diz, na piedade popular: ‘graças e louvores se deem a todo momento, ao Santíssimo e digníssimo Sacramento’. Embora Jesus seja digno de honra e de louvor, neste caso, não se trata da sua dignidade, mas da sua divindade. Ele é divino, mais ainda Diviníssimo. O correto então é dizer: ‘ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento'”, explicou. (LMI)
Fonte: Gaudium Press.