Francisco antecipa regresso ao Cáucaso, no fim de setembro
O Papa Francisco recordou hoje no Vaticano a sua primeira viagem à Armênia, que decorreu entre os dias 24 e 26 deste mês, e deixou um apelo pela paz e reconciliação na região.
“A história ensina-nos que o caminho da paz exige uma grande tenacidade e passos contínuos, a começar pelos pequenos e, pouco a pouco, fazê-los crescer, indo ao encontro um do outro. Precisamente por isto, o meu desejo é que todos e cada um deem o seu próprio contributo para a paz e a reconciliação”, disse, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
O Papa falava por ocasião da audiência jubilar extraordinária que concedeu esta manhã, no âmbito do Ano Santa da Misericórdia.
“Nos últimos dias, o Senhor deu-me a graça de visitar a Armênia, a primeira nação a ter abraçado o Cristianismo, no início do século IV. Um povo que, no decorrer da sua longa história, testemunhou a fé cristã com o martírio”, explicou.
Francisco recordou que esta foi a primeira etapa das suas viagens ao Cáucaso, onde vai regressar entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro deste ano, para visitar a Geórgia e o Azerbaijão.
“Acolhi o convite para visitar estes países por um duplo motivo: por um lado, valorizar as antigas raízes cristãs presentes nessas terras, sempre num espírito de diálogo com as outras religiões e culturas; por outro, encorajar esperanças e caminhos de paz”, assinalou.
Francisco mostrou-se grato às autoridades políticas e religiosas da Armênia, referindo ter-se sentido acolhido “como peregrino de fraternidade e de paz”.
A intervenção evocou o caráter ecumênico desta 14ª viagem internacional do pontificado, acompanhado totalmente pelo supremo patriarca da Igreja Apostólica Armênia, Karekin II, em cuja casa o Papa se hospedou.
“Como cristãos, somos chamados a reforçar entre nós a comunhão fraterna, para dar testemunho do Evangelho de Cristo e para ser fermento de uma sociedade mais justa e solidária”, disse Francisco.
O pontífice argentino enviou uma saudação aos bispos, sacerdotes, religiosas, religiosos e todos os fiéis católicos da Armênia.
“Que a Virgem Maria, nossa mãe, nos ajude a permanecer firmes na fé, abertos ao encontro e generosos nas obras de misericórdia”, apelou.
Fonte: Agência Ecclesia