O Papa Francisco discursou neste sábado, 22, aos participantes da 29ª Conferência Internacional promovida pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, que refletiu sobre o autismo. O Santo Padre destacou a necessidade de acolhimento e solidariedade para com os que são afetados por tal distúrbio para romper o isolamento e, muitas vezes, a marca que eles carregam.
Francisco disse que o autismo é uma das fragilidades que atinge tantas crianças e, consequentemente, suas famílias. É uma questão que interpela a responsabilidade dos governos, instituições e comunidades cristãs.
“É necessário o empenho de todos para promover o acolhimento, o encontro, a solidariedade em uma concreta obra de apoio e de renovada promoção da esperança, contribuindo de tal modo a romper o isolamento e, em muitos casos, também a marca que gravam sobre pessoas afetadas pelos distúrbios do espectro do autismo, bem como muitas vezes sobre suas famílias”.
A dificuldade, muitas vezes, não é só em detectar a doença, lembrou o Papa, mas fazer com ela seja acolhida pela família sem solidão ou vergonha.
No trabalho de assistência aos autistas, Francisco destacou a necessidade de uma rede de apoio e serviço que envolva, além dos pais, também os avós, amigos, terapeutas, educadores e agentes pastorais. “Estas figuras podem ajudar as famílias a superar a sensação, que às vezes pode surgir, de inadequação, ineficiência e de frustração”.
Francisco agradeceu pelo trabalho realizado em prol dos portadores desse distúrbio e encorajou o trabalho de estudiosos e pesquisadores, para que descubram, o quanto antes, terapias e instrumentos de apoio para curar e, sobretudo, prevenir esses distúrbios.
Antes de conceder a benção apostólica, o Papa rezou uma Ave Maria pelos agentes de saúde e doentes.
O encontro sobre autismo foi realizado no Vaticano, começou na quinta-feira, 20, e terminou hoje, no encontro com o Santo Padre. O tema das reflexões foi “A pessoa com distúrbios do espectro do autismo: animar a esperança”.
Fonte: CN Notícias