A igreja de St. Mahew na Arquidiocese de Glasgow (Escócia), celebrará um dia de portas abertas no próximo sábado, 06 de setembro. O convite tem por objetivo fazer com que os católicos conheçam o histórico templo que resguarda uma história de mais de 1500 anos de presença cristã e que é ainda hoje uma paróquia ativa e um dos apenas quatro lugares de culto católico que voltou a servir a seu propósito original após a Reforma que proibiu a religião católica no país no século XVI e que significou a destruição de grande parte do patrimônio religioso.
O edifício atual do templo, restaurado em 1955, foi construído em 1467, ainda que existem provas documentais da existência de uma capela no lugar por volta do século XIV e se conhece que o terreno alberga os restos mortais dos fiéis cristãos que desde a chegada do Evangelho ao território, tomando o nome de Kilmahew por ser um lugar de culto fundado por San Mahew (discípulo de São Patrício) no século VI. Em séculos posteriores, o terreno esteve nos limites da paróquia de Cardross e sua distância do templo principal motivou a conservação de uma capela para a atenção pastoral dos habitantes até que a guerra religiosa pôs fim a sua vida pastoral.
A reforma fez com que o templo passasse a ser uma escola durante mais de 200 anos, até que o mal estado do edifício obrigou seu abandono em 1846. Mais de um século depois, a Arquidiocese de Glasgow conseguiu adquirir o prédio no qual se elevava o templo dessacralizado e começa os trabalhos de restauração em 1953. Na oitava da festa da Assunção da Santíssima Virgem Maria de 1955 se celebrou no templo a primeira Eucaristia Pontifical em 400 anos, a qual foi presidida pelo Arcebispo de Glasgow, Dom Donald Campbell. Em 1978 o templo se converteu na paróquia de St. Mahew e desde então se continuou a atividade pastoral na comunidade.
Entre as riquezas arqueológicas e arquitetônicas do templo se encontra uma roca do lugar de culto inicial no século VI, um Sacrário medieval e uma fonte batismal que data do século XV. A entrada do templo se localiza de um lado, segundo o antigo costume que obrigava os fiéis a cruzarem o cemitério para ingressar no templo e desta forma refletir na vida eterna. Os fiéis atuais podem apreciar no lugar lápides dos séculos IX ou X.
Fonte: Gaudium Press