Na Celebração Eucarística realizada na Casa Santa Marta nesta quinta-feira, 05, o Papa Francisco afirmou que a Igreja “não é rígida”, mas sim “livre”.
Em sua homilia, o Santo Padre observou que existem três grupos que se declaram cristãos, que são os “uniformizadores”, os “alternativos” e os “aproveitadores”. Para eles, acrescentou, a Igreja não é casa própria, mas vivem de aluguel, pois muitos afirmam pertencer à igreja, porém, estão com um pé dentro e outro fora.
“A uniformidade. A rigidez. São rígidos. Não têm aquela liberdade que o Espírito Santo dá. E confundem aquilo que Jesus pregou no Evangelho com a doutrina deles de igualdade. E Jesus nunca quis que a sua Igreja fosse rígida. E essas pessoas, por esta atitude, não entram na Igreja. Declaram-se cristãos, católicos, mas sua atitude rígida os afasta da Igreja”, explicou sobre a uniformidade.
O segundo grupo, prosseguiu o Santo Padre, já é formado por aqueles que possuem uma ideia própria, “que não querem que seja como a da Igreja, têm uma alternativa”.
Outro grupo – prosseguiu – é formado pelos que sempre têm uma ideia própria, “que não querem que seja como a da Igreja, têm uma alternativa”, sendo assim, os “alternativos”.
Por sua vez, os considerados “aproveitadores”, constituem-se em um coletivo formado por aqueles “que se dizem cristãos, mas não entram no coração da Igreja”. São eles os “aproveitadores”, que querem tirar vantagem, que acabam fazendo “negócios na Igreja”.
Logo depois, o Papa Francisco advertiu ao dizer que “existem muitos carismas e há uma grande diversidade de pessoas e dons do Espírito”, pois o Senhor nos diz: “Se quiser entrar na Igreja, que seja por amor, para dar todo o coração e não para fazer lucrar com seus negócios”.
“A Igreja não é uma casa para se alugar, é uma casa onde se vive, como uma mãe.”
Continuando, o Pontífice salientou reconhecer que esses tipos de situações não são nada fáceis, pelo fato de que “as tentações são muitas”, contudo, “a unidade na Igreja, na diversidade, na liberdade e na generosidade, é dever exclusivo do Espírito Santo, que faz unidade, que é harmonia na Igreja”.
“Somos chamados à docilidade ao Espírito Santo, e esta docilidade é a virtude que nos salva de sermos rígidos, interesseiros ou aproveitadores na Igreja”, ressaltou.
Finalizando sua homilia, o Papa pediu para “que o Senhor nos envie o Espírito Santo para trazer esta harmonia em nossas comunidades, paróquias e movimentos”.
Fonte: Gaudium Press