O Papa Francisco escreveu uma carta de próprio punho, enviada à família do jovem Jefferson Teixeira Brito, de apenas 14 anos, coroinha da Paróquia São Pedro, em Fortaleza, que foi assassinado em 18 de agosto.
A missiva do Santo Padre foi uma resposta ao e-mail enviado a Vatican News por Kilbert Amorim Maciel, um paroquiano de São Pedro, o qual relatou o que havia acontecido com o jovem coroinha.
“Muito me dói o que me contas sobre Jefferson Brito Teixeira. Estou perto de você e rezo por ti, pela Comunidade Paroquial de São Pedro da Barra do Ceará. Rezo pelo eterno descanso de Jefferson e também rezo pela avó que tem ficado só”, afirma o Pontífice na carta.
Francisco também pede que “Deus tenha misericórdia dos assassinos”.
“Por favor, não te esqueças de rezar por mim e te peço digas à avó de Jefferson que estou perto dela. Que Jesus te abençoe e a Virgem Santa te cuide”, conclui o Santo Padre.
O coroinha morava com sua avó, dona Tereza. Segundo o site da Arquidiocese de Fortaleza, a carta do Papa Francisco chegou em 25 de agosto, mas não foi possível entrega-la logo à avó do menino, porque ela “estava viajando e passando um tempo sem comunicação, na tentativa de poder absorver tudo o que havia acontecido anteriormente”.
Dona Tereza retornou na segunda-feira, 31 de agosto, e nesta terça-feira, o pároco de São Pedro, Frei João Flores, Kilbert Amorim e mais dois paroquianos foram entregar a carta para a avó de Jefferson.
De acordo com a Arquidiocese, a avó recebeu a carta “muito emocionada” e “agradeceu a Deus por está ao seu lado direto e a todos pelo apoio que vem recebendo neste período tão difícil e doloroso em sua vida”.
Jefferson Teixeira Brito foi morto de forma trágica, a tiros e pedradas, em 18 de agosto. De acordo com a imprensa local, o jovem voltava para a casa após uma aula de capoeira. Mas, pegou um caminho diferente e acabou sendo abordado por um grupo em uma região dominada por uma facção.
No último dia 21de agosto, três pessoas suspeitas de envolvimento no homicídio foram detidas pela Polícia Militar do Ceará (PMCE).
Na época em que ocorreu o crime, o pároco de São Pedro, Frei João Antônio Flores, contou ao G1 que o jovem coroinha era “um menino dedicado, esforçado e sempre pronto para servir a igreja. Chegava sempre cedo, até mesmo antes do padre e preparava tudo, inclusive quando havia festa na outra comunidade daqui da paróquia. Ele estava sempre lá para ajudar, sempre disponível”.
Fonte: acidigital