Assim como os pastores, temos pressa para encontrar Deus no dia a dia?
Na noite de Natal, o Evangelho de Lucas explica que os pastores “foram com pressa e encontraram Maria e José, e o menino deitado na manjedoura” (Lucas 2,16). Mas e nós? Temos uma urgência semelhante quanto à nossa fé em Deus?
O Papa Bento XVI refletiu sobre isso durante uma homilia de Natal em 2012:
“Depois que os anjos partiram, os pastores disseram uns aos outros: passemos a Belém e vejamos o que nos aconteceu (cf. Lc 2, 15). Os pastores foram apressados a Belém, diz-nos o evangelista (cf. 2,16). Uma santa curiosidade os impeliu a ver esta criança em uma manjedoura, que o anjo havia dito ser o Salvador, Cristo Senhor. A grande alegria de que o anjo falou tocou seus corações e lhes deu asas.”
Curiosidade sagrada
De fato, é interessante pensar em ter uma “curiosidade sagrada”, semelhante a uma criança curiosa por algo que é novo, ávida por aprender mais, largando tudo para perseguir algo. Ao pensar nesta característica dos pastores, devemos refletir sobre a nossa própria abordagem a Deus e se temos alguma curiosidade que nos impele a “nos apressar”. Disse Bento XVI:
“Os pastores se apressaram. A curiosidade sagrada e a alegria sagrada os impeliram. Em nosso caso, provavelmente não é muito frequente que nos apressemos pelas coisas de Deus. Deus não figura entre as coisas que exigem pressa. ‘As coisas de Deus podem esperar’, pensamos e dizemos. E ainda assim ele é a coisa mais importante, em última análise, a única coisa verdadeiramente importante. Por que não devemos também ser movidos pela curiosidade de ver mais de perto e saber o que Deus nos disse?
Bento XVI finaliza:
“Peçamos a Deus que toque os nossos corações com a santa curiosidade e a santa alegria dos pastores, e assim passemos com alegria a Belém, ao Senhor que hoje vem mais uma vez ao nosso encontro.”
Fonte: Aleteia