30 Ago 2014
Santo Alberto, da Sicília, presbítero (+1307)

Bento Degil Abattit e Joana Palizi eram um casal modelo que viviam perto da cidade de Trápani, na bela Sicília. Ali, em Trápani, tinham um convento os religiosos carmelitas que gozava de uma grande fama pela santidade dos religiosos que lá moravam. Este casal professava uma terna devoção à Virgem Maria que era venerada naquela igreja. A ela fizeram um dia esta promessa: «Mãe, estamos casados há já 26 anos e não temos filhos. Se for para a glória de teu Filho e tua e para bem da humanidade nós te pedimos que nos concedas descendência e nós prometemos consagrá-la ao teu serviço». Os dois estavam de acordo naquela oração comum, que quase sem se darem conta, saía dos lábios de ambos.

Pouco depois nascia-lhes um belo menino a quem deram o nome de Alberto. Procuraram educá-lo o melhor que puderam. Alberto ainda era muito criança e já seu pai procurava arranjar-lhe um casamento vantajoso, segundo o costume da época, mas a sua esposa Joana, fê-lo desistir ao lembrar-lhe o voto que tinham feito de comum acordo. Bento refletiu e compreendeu que Joana tinha razão e assim expuseram a Alberto que escolhesse o que ele queria. Que se sentisse completamente livre. E Alberto, depois de madura reflexão, disse aos Dais: «Dai-me a vossa bênção, porque vejo com toda a clareza que o Senhor me chama a fazer parte da Ordem dos Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo que estão em Trápani».

Com a bênção dos pais, quando apenas contava oito anos de idade, atravessou os umbrais do Carmelo. Foi recebido com grande alegria por aqueles venerandos religiosos. Depressa se deram conta de que aquela dádiva que o Senhor lhes fazia era uma grande maravilha: não parecia um menino mas um virtuoso religioso, pelo menos no que se referia às coisas de Deus.

Entregou-se ao estudo e sob a direção de um experimentado religioso aprendeu as ciências sagradas do seu tempo com toda a seriedade a proveito. Todos ficavam admirados com os progressos que fazia e todos prognosticavam que o Senhor operaria grandes coisas por intermédio daquele pequenino carmelita.

Uma vez ordenado sacerdote, os superiores destinaram-no ao convento de Messina onde realizou muitos prodígios, sobretudo o de alimentar toda a cidade quando estava sitiada. Sem saber como nem donde, fazia que chegassem carregamentos cheios de alimentos para toda a cidade. Todos ficavam atônitos ao ouvi-lo pregar sobre as grandezas do Senhor e de Maria Virgem.

A iconografia pinta-o com o Menino Jesus nos braços, porque gozou da companhia deste Divino Menino em eflúvios de amor, com muita frequência.

Gozou de grande fama de realizador de milagres. São inumeráveis os que se contam que o Senhor fez por seu intermédio. Curou doenças corporais e espirituais. Expulsou demônios. Sanou águas envenenadas. Tornou-se célebre sobretudo a água que ele benzia. Com ela curava-se toda a espécie de doenças. Especialmente acorriam as jovens que estavam para dar à luz e estavam em perigo de abortar ou mesmo de morrerem. Abençoava-as, bebiam daquela água milagrosa e ficavam curadas ou davam à luz com a maior das facilidades e sem dor.

Desempenhou vários cargos na sua Província carmelita e chegou a ser Provincial da mesma. Cheio de méritos, a 7 de Agosto de 1307, partia para a eternidade com esta jaculatória nos seus lábios:

« Em tuas mãos, Senhor, entrego o meu espírito». Dizem que os anjos entoaram as palavras iniciais da missa dos confessores: «Aboca do justo meditará a sabedoria».

Oração a Santo Alberto da Sicília

Senhor, que fizestes de Santo Alberto

um modelo de pureza e oração e um servidor fiel de Maria,

concedei que, revestidos das mesmas virtudes,

sejamos dignos do eterno banquete na vossa glória.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.