28 Abr 2015
São Luis Maria Grignion de Monforte, presbítero (+1716)

É o famoso autor de um dos livros mais belos e mais divulgados sobre a Virgem Maria: A verdadeira Devoção à Virgem Maria e também o zeloso apóstolo da Consagração filial ou Santa Escravidão em honra da mesma Senhora.

Nasceu de pais cristãos em Monforte (Bretanha Francesa) no ano de 1673. Foi o segundo de dezoito irmãos. Seu pai era muito autoritário e de feitio um tanto brusco. Talvez dela herdasse o nosso Santo o mesmo feitio contra o qual lutou toda a vida. Passou a infância com uma senhora muito boa cristã a quem sua mãe o confiou, por não poder educá-lo, para que ela o alimentasse e formasse nos princípios da fé. Está boa mulher deixou marcas muito profundas no seu espírito, que ele jamais esquecerá. Passava muitas noites entre os livros, pois seu pai possuía uma bem recheada biblioteca sobre muitos assuntos que interessavam ao pequeno.

Foi enviado para o colégio dos Padres Jesuítas de Rennes, onde passou oito anos entregue aos estudos de humanidades. Aí travou grande amizade com os padres carmehtas desta cidade, que gozavam naquele tempo duma bem merecida fama de santidade e de profunda devoção à bem-aventurada Virgem Maria. Entre aqueles religiosos carmelitas, aprendeu sem dúvida a doutrina que depois propagaria e faria famosa na Igreja, de fazer tudo Em Maria, Com Maria, Por Maria e Para Maria... Mais de meio século antes já ela tinha sido espalhada pelo célebre carmelita Venerável Miguel de Santo Agostinho e pela sua discípula Venerável Maria de Santa Teresa Petyt. E muitos séculos antes já tinha sido praticada por Santo lldefonso de Toledo.

No colégio de Rennes, inscreveu-se na Congregação Mariana que aí tinha sido estabelecida e florescia, e nela fez muito rápidos progressos no caminho da perfeição e no amor para com nossa Mãe Amável.

Bem preparado para receber a ordenação sacerdotal, recebia este sacramento as de Junho de 1700, e, a partir daí, entregou-se totalmente à sua missão evangelizadora. Pediu para ser enviado para as Missões e aí se gastar por Cristo, ensinando a sua doutrina, mas os Superiores fizeram-lhe ver que o seu lugar era na própria pátria, para trabalhar em defesa da fé cristã, que nessa época era tão duramente atacada pela heresia dos jansenistas, que ameaçavam corromper tudo com as suas corrosivas doutrinas. A isso se entregou de corpo e alma o nosso Santo. Quando o batizaram, deram-lhe o nome de Luís, mas quando recebeu a Confirmação, ele próprio, pelo seu grande afeto para com a Santíssima Virgem, acrescentou o de MARIA ao seu nome de batismo Outra faceta de São Luís foi o cuidado dos enfermos a quem amava como a Jesus Cristo, e tratava deles com o carinho de uma mãe, apesar da sua aspereza de caráter. Foi capelão de grandes hospitais e a todos atendia, consolava e ajudava com meios materiais e espirituais.

A vida de São Luís não foi semeada de rosas. A cruz acompanhou-o do berço até ao túmulo. Mas soube abraçar-se a ela com grande intrepidez e com o dom da fortaleza. A Virgem Maria, a quem chamava "Rainha dos corações" com grande afeto, assistia-o e protegia-o sempre. Sobre Ela escreveu belos tratados e a Ela encomendava todos os seus empreendimentos. Levava-A sempre nos lábios e no coração e Ela operava todos os prodígios.

Como o acompanhava um grupo de amigos no seu apostolado missionário e mariano, com eles fundou, a pedido dos mesmos, a Congregação de Sacerdotes da Companhia de Maria ou Monfortinos, que hoje está espalhada por toda a parte.

Este homem que tinha percorrido toda a França e outras nações, levando a mensagem de Jesus Cristo e de Maria.., aos 43 anos estava extenuado e partiu para o Céu a 27 de Abril de 1716. Ao seu enterro acorreram mais de cem mil pessoas...