24 Out 2016
Santo Antônio Maria Claret, bispo e fundador (1870)
Imagem do santo do dia

No dia 7 de Maio de 1950 o Papa Pio XII ao canonizar Santo Antônio Maria Claret disse dele: «Alma grande, nascida como que para juntar contrastes; foi humilde de origem e glorioso aos olhos do mundo; pequeno de corpo, mas de espírito gigante; de aparência modesta, mas capaz de impor respeito inclusive aos grandes da terra; forte de caráter, mas com a suave doçura de quem conhece o freio da austeridade e da penitência; sempre na presença de Deus, mesmo no meio da sua prodigiosa atividade exterior; caluniado e admirado, festejado e perseguido. E entre tantas maravilhas, como luz suave que tudo ilumina, a sua devoção à Mãe de Deus»...

Aqui está encerrada esta maravilhosa vida de um homem que mandou que no seu túmulo escrevessem aquelas palavras de outro grande homem que também foi duramente perseguido, São Gregório VII: «Amei a justiça e odiei a iniquidade; por isso morro no desterro».

Pio XI chamou-o «Percursor da Ação Católica tal como é hoje». E alguém disse dele «que era o homem mais extraordinário do século XIX».

Nasceu em Sallent (Barcelona) no dia 23 de Dezembro de 1807. Ele próprio dirá na sua Autobiografia: «Puseram-me o nome de Antônio Adjutório João; mas eu, depois, juntei o dulcíssimo nome de Maria, porque Maria Santíssima é minha Mãe, minha Madrinha, minha Mestra e meu tudo, depois de Jesus». Os seus pais chamavam-se João Claret e Josefa Clará. Educaram cristãmente o seu filho. Como a família não vivia suficientemente desafogada vê-se obrigado a trabalhar no humilde tear paterno, coisa que faz com grande mestria e admiração de todos. É um modelo em todas as virtudes: trabalho, caridade, piedade e doçura.

Tem uma obsessão no coração desde o nascimento: salvar almas. Ele sabia muito claramente que o Senhor tinha vindo salvar o mundo e salvar o homem e que para alcançar a sua missão tinha confiado este apostolado aos homens. Desde muito pequeno o pároco da sua povoação associa-o ao apostolado e chama-lhe com bom humor «o seu coadjutor paroquial». Esta obsessão pelas almas é que o levará a escalar os postos mais difíceis: arcebispo de Santiago de Cuba, confessor da rainha Isabel II e seu primeiro conselheiro, preceptor do Príncipe das Astúrias e dos Infantes, Primaz das lndias Ocidentais, apóstolo da escritor, pregador ardente e o que importa mais: um grande santo. Quando o fizeram arcebispo colocou no escudo de armas:Charitas Christi urget nos - o amor de Cristo nos impele - e ao morrer no desterro, com a saúde desfeita pela dedicação que teve pelas almas, ainda gritará:

«Almas! Almas!». Será esta uma ideia obsessionante que jamais o abandonará, mais ainda, será a que lhe dará forças para poder sair airoso de todas as investidas do inimigo que não lhe faltarão ao longo da sua vida.

Desde muito pequenino uma ideia o assediava, diz ele na sua autobiografia, e pensava nela durante o dia e durante a noite, nas longas horas de insônia, pois «fui pouco dormirão»: a ideia da eternidade, «condenado para toda a eternidade». Este pensamento torturava-o e não o deixava descansar. A este juntou outro semelhante que foi o que fez mudar o rumo de vida a São Francisco Xavier: «De que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?» Estes dois pensamentos foram, sem dúvida, os que o levaram a abandonar o mundo e a abraçar a carreira sacerdotal. Teve como companheiro em Vic a Jaime Balmes. Aqui receberia o dom do sacerdócio em 13 de Junho de 1835. Tinha 27 anos. Os 35 que lhe faltam gastá-los-á nas missões que recordamos deixando pegadas índeláveis em cada uma. Para continuar a sua obra, no dia 16 de Julho de 1849, fundou os Filhos do Coração Imaculado de Maria, Claretianos. No dia 24 de Outubro de 1870, morria este grande Pai do Concílio Vaticano 1. A Virgem Maria veio ao seu encontro a recebê-lo.

Oração a Santo Antônio Maria Claret contra qualquer tipo de violência

Ó glorioso santo, vós que em vida sofrestes tantos tipos de violência e perseguições, como atentados, assaltos e ameaças de morte, mas que, pela vossa fé e confiança em Deus e no Imaculado Coração de Maria, todas as vezes nos livrastes desses males, intercedei por mim; e livrai-me to perigo de ser assaltado, roubado ou seqüestrado. Afastai de mim e de minha família toda espécie de violência física e moral. Amém

(Rezar um Pai-Nosso por todas as pessoas que se encontram em perigo ou nas mãos de malfeitores)