01 Ago 2014
Santo Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor (+1787)
Imagem do santo do dia

Quase todos os Santos representam Uma "mensagem" para a Igreja e surgem quando o povo de Deus necessita dela. Santo Afonso Maria de Ligório deixou à Igreja uma mensagem que não passa de moda e que é sempre de palpitante atualidade:

1)- Profunda e ilustrada vida e doutrina sobre a oração.

2) - Terna devoção transformante à Sagrada Escritura.

3) - Filial devoção à Virgem Maria:

Além disso, teríamos de acrescentar muitas outras facetas da sua vida que constituem também admirável mensagem, como, por exemplo, o voto que ele faz de «nunca perder tempo». Mensagens todas elas prolongadas até nós por dois caminhos: a sua vida e preciosos livros, e os filhos Redentoristas que herdaram o seu espírito. Um velho missionário que se encontrava em Marianela de Nápoles, ao nascer o nosso pequeno Afonso, em 1696, tomando-o em seus braços, fez este horóscopo: "Este menino será bispo, viverá perto de cem anos e fará grandes coisas por Jesus Cristo". Mais do que adivinho chamaríamos quase um profeta a este bom missionário.

Pertenceu Afonso a uma nobre família napolitana. Aos sete anos já o põem a estudar as letras clássicas. Aos doze matricula-se na universidade e aos dezesseis veste a toga de doutor em ambos os Direitos. Ao mesmo tempo que a estes tão sérios estudos, entrega-se também a outros mais leves e passageiros: estuda as línguas modernas, esgrima, arte, música e pintura, que depois muito lhe servirão para o apostolado.

O pai teria colocado os seus olhos nele esperando que viesse a ser um alto comandante militar, mas, ao ver as inclinações do filho, ficou satisfeito e disse: «Está visto: mais do que para as armas, o rapaz tem jeito para as letras. Faremos dele um advogado».

Durante oito anos entregou-se, em seu escritório de advogado, a defender causas. Ganhou-as todas, exceto uma, a do duque de Orsini, embora tenha sido por injustiças e mentiras. Desta ficou tão profundamente impressionado que disse: «Mundo falaz! hoje te conheci; de hoje em diante nada valerás para mim». E acrescentou a um amigo: «Meu amigo, a nossa vida é muita infeliz e nós corremos perigo de perder a alma para toda a eternidade. Vejo que esta não éa minha vocação. Vou abandoná-la e procurarei ir por outros caminhos».

O pai ficou, uma vez mais, desenganado com o filho. Tinha-lhe preparado um vantajoso e rico matrimonio, mas Afonso abraçou o caminho do seguimento de Cristo no sacerdócio. Preparou-se o melhor que pôde e ordenou-se sacerdote no ano de1726. Naquele mesmo dia fez este propósito: «A Igreja honra-me concedendo-me esta graça; procurarei honrar a Igreja trabalhando incansavelmente por ela, com a minha pureza e santidade». E cumpriu fielmente a promessa.

Entregou-se a percorrer toda a Itália pregando missões populares e escrevendo belos tratados sobre todos os temas que sabia que interessavam ao povo fiel: Moral, Catecismos, Sermões, Visitas ao Santíssimo, Tratados sobre a Virgem Maria. Glórias de Maria será a sua obra imortal, juntamente com os seus tratados de Teologia Moral, onde, ainda hoje, goza de grande autoridade.

No ano 1732 funda a Congregação dos Redentoristas para continuar a sua obra. Aos 66 anos, o Papa Clemente XIII obriga-o a aceitar o bispado de Santa Águeda dos Godos. É um pai e um Pastor maravilhoso. Não perde um instante na formação dos outros e na sua santificação. O Bom Pai do céu chama-o aos 91 anos. Era o dia um de Agosto de 1787.

Oração de Santo Afonso Maria de Ligório

(Patrono dos confessores e teólogos de teologia moral )

Senhor, concedei-me pelos méritos de Santo Afonso Maria de Ligório, o dom do verdadeiro amor fraternal. Com Vossa Graça, ajudai-me, pois não quero mais julgar, condenar, desprezar, excluir. Que eu tenha humildade para aceitar os meus defeitos e procurar melhorá-los. Amém. Maria, Espelho da Justiça, rogai por nós.