01 Fev 2015
O sacrifício da Apresentação

Os autores antigos do séc. XII associam este sacrifício da manhã a um outro que será celebrado de tarde ( cf. Salmo 140, 2). Levantado da terra nos braços de Simão - diz S. Benardo - Jesus é restituido a sua Mãe, mas no entardecer da sua existência terrena, erguido nos braços da Cruz, não será restituído a Maria senão inanimado.

No templo, na autora da sua vida mortal, Jesus oferece-se ao Pai. Em representação da igreja, de que é figura, Maria inicia também a sua função de corredentora, levando ao altar a vitéma propiciatória. Se a retoma por algum tempo, é para melhor a preparar, em vista do sacríficio supremo.

Este sacrifício da manhã não é ainda o sacrifício cruento.

Maria entrevê os tormentos do sacrício vesperino mas toma parte, também Ela, no sacrifício universal.

Desde este dia Ela fica a ser a Rainha dos Martires, e colocada á cabeça do seu inumerável cortejo, faz seus os sofrimentos deles, e com a sua mediação materna, derivada da dignidade do Seu Filho, dá-lhes um valor de corredenção, Simeão pode partir em paz: viu Jesus e sua Mâe.

Henri Ronder, Mater Salvatoris